(EN) Public ad released in February 2014 in Rio de Janeiro through printed flyers and social media
IN THE DARK ROOM
A question that was hardly offered by almost no parent to their child. At least not in our modern history. We are born and guided to follow the patterns determined by our genitals: just one of the many molds of a society that seeks to control everything, even our most intimate desires. The truth is that we hardly allow ourselves to question anything, let alone something that should - above all! - remain hidden. Our grandparents always knew: sex, only in the dark.
The vast majority of us simply live according to an unchallenged and unquestioned determinism. Before we are even born, many already have a name, sex, gender identity, limitations at various levels. This model, based on physical characteristics, imposes differences, limits, and a long process of identity construction. But... if we hadn't been born in the country we were born in, with its specific socio-political conditions; if we had been raised in different family structures... If we had received the utopian condition of choice about ourselves in relation to the most intimate matter, and precisely because of that, it should never pass through the scrutiny of institutions, be they social, family, or public order... If we had the opportunity to express ourselves freely about our own bodies and minds, and could be whatever we wanted as individuals... What could we be? This project aims to promote this basic questioning that was denied to us even before we were born.
I propose to everyone that someday, in the deepest darkness within their minds, they engage in this reflection. And to those who have the courage to share an imagistic result of these questions with the world, please send an email to contato@marciabellotti.com with the subject "Project - In the Dark Room".
These future imagistic constructions should in no way be understood as permanent visual solutions to each individual's intimate issues. They are nothing more than one of the infinite questions we could be capable of asking, mutable with every new variable in our existence. It's the search for the visual representation of questioning a taboo at a certain moment. For those who allow, I would appreciate the audiovisual capture of any testimony or verbal expression. With this material, it will be possible to unfold the record into other fields, such as installation and video art.
The audiovisual or photographic essays will take place in Rio. Participants must be over 21 years old. This is not a commercial essay. This is not a pornographic essay. This is a contemporary art project.

(PT) Anúncio público divulgado em Fevereiro de 2014 no Rio de Janeiro através de folhetos impressos e mídias sociais.
NO QUARTO ESCURO
Uma dúvida que não foi ofertada por quase nenhum pai a seu filho. Pelo menos não em nossa história moderna. Somos nascidos e conduzidos a seguir os padrões determinados por nossos genitais: mais um dos muitos moldes de uma sociedade que busca controlar tudo, até mesmo nossos mais íntimos desejos. A verdade é que dificilmente nos permitimos questionar qualquer coisa, quanto mais algo que deve - acima de tudo! - permanecer escondido. Nossos avós sempre souberam: sexo, somente no escuro.
A grande maioria de nós apenas vive segundo um determinismo inviolado e jamais questionado. Antes de nascermos muitos já tem nome, sexo, identidade de gênero, limitações nos mais diversos níveis. Esse modelo que, baseado em características físicas, impõe diferenças, limites e um longo processo de construção de identidade.
Mas... se não tivéssemos nascido no país em que nascemos, com suas condições sociopolíticas específicas; se tivéssemos sido criados em estruturas familiares diversas... Se tivéssemos recebido a utópica condição da escolha sobre nós mesmos em relação ao assunto mais íntimo, e que exatamente por isso jamais deveria passar pelo crivo das instituições, fossem elas sociais, familiares ou de ordem pública... Se tivéssemos a oportunidade para nos manifestarmos com total liberdade sobre nossos próprios corpos e mentes, e pudéssemos ser o que quiséssemos enquanto indivíduos... O que poderíamos ser? Esse projeto busca promover este questionamento básico que nos foi negado antes mesmo de nascermos.
A todos proponho que em algum dia se façam, no mais completo escuro do interior de suas mentes, esta reflexão. E aos que tenham coragem de externar ao mundo um resultado imagético desses questionamentos, que mandem um e-mail para contato@marciabellotti.com, com o assunto "Projeto - No Quarto Escuro".
Essas futuras construções imagéticas não deverão de maneira alguma ser entendidas como soluções visuais permanentes sobre as questões íntimas de cada um. Não passam de um dos infinitos questionamentos que poderíamos ser capazes fazer, mutáveis a cada nova variável em nossa existência. É a busca pela representação visual do questionamento de um tabu em um determinado momento. Aos que permitam, gostaria de contar com a captação audiovisual de qualquer depoimento ou expressão verbal. Com este material será possível desdobrar o registro para outros campos, como os da instalação e da videoarte. 
Os ensaios audiovisuais ou fotográficos acontecerão no Rio. Para participar é preciso ter mais de 21 anos. Este não é um ensaio com fins comerciais. Este não é um enaio pornô. Este é um projeto de arte contemporânea.
Back to Top